Histórico
O curso de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas teve o seu início junto com a própria Universidade. Ele foi composto pela junção das duas unidades de ensino de Odontologia que existiam em Alagoas no início da década de 1960. As Faculdades de Odontologia de Maceió e a Faculdade de Odontologia de Alagoas uniram-se e formaram a FOUFAL. Esta nova unidade se juntou as faculdades de Filosofia e Ciências, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Economia e a Faculdade de Engenharia Civil e compuseram as primeiras unidades da recém criada Universidade Federal de Alagoas. Na época o curso de Odontologia era composto pela Diretoria executiva e três Departamentos.
Na década de 1970 com a reforma universitária as Faculdade de Odontologia, Medicina e os recém criados cursos de Enfermagem, Nutrição e Educação Física compuseram o Centro de Ciências da Saúde da UFAL. Nesta reforma o curso de Odontologia se restringiu a um Departamento e, no início dos anos 80, houve uma tentativa de que o curso fosse dividido em dois Departamentos. Esta nova divisão se justificava pelo número de alunos, cerca de 300, pelo número de professores naquela época já cerca de 40 e pelo número de funcionários. Adicionalmente, se sentia que a complexidade do curso exigia que a sua administração fosse dividida atendendo aos dispositivos do antigo estatuto da UFAL que requeria um número máximo de 20 professores em um Departamento. Embora fosse necessária esta nova estrutura não prosperou e o curso voltou a pertencer a apenas um Departamento. Porém, durante todos estes anos, o Departamento de Odontologia sempre pontificou como um dos melhores cursos da UFAL, tanto pela sua estrutura, quanto pela sua qualidade.
Desde o início do curso existia a preocupação com a formação de um corpo docente profissional e qualificado, tanto que muitos dos seus primeiros professores realizaram os chamados cursos de aperfeiçoamento em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e outros centros mais desenvolvidos. O que serviu de incentivo para que a segunda geração também seguisse o caminho do aperfeiçoamento e especialização, principalmente em São Paulo. A partir daí, ou seja, 1974, é iniciada, na Universidade Federal de Alagoas a era da Pós-Graduação strictu sensu. Nesta nova era, o Curso de Odontologia enviou de uma só vez sete novos professores para realizar curso de Mestrado em São Paulo. Destes sete novos professores, um cursou o doutoramento. Em 2004, existiam no curso de Odontologia, nove doutores, dezessete mestres, onze especialistas e apenas sete com o curso de graduação. A constante preocupação com a qualificação fez com que o Departamento realiza-se esforços para qualificação adicional do maior número possível de professores. Desta forma, em convênio com a Faculdade de Odontologia de Piracicaba-Unicamp, foi ofertado um mestrado Inter-Institucional que qualificou com o grau de mestre cinco especialistas e um graduando, reduzindo o número de professores sem pós-graduação strictu sensu para seis especialistas e seis com graduação. Adicionalmente, qualificou um professor do Centro de Ciências Biológicas e professores substitutos. Em 2006, mais dois professores concluíram o doutorado, aumentando para onze o número de doutores.
Atualmente, quatro professores estão em fase final de doutorado, o que aumentará o número de doutores para quinze. Desta forma, os 300 alunos do curso de Odontologia estão se beneficiando de um curso atualizado e capaz de suprir as necessidades de um dentista generalista para atuar em ambientes públicos ou privados. Um outro ponto, é o fato de que a pós-graduação latu sensu existe na Odontologia desde 1995, aspecto que será mostrado mais adiante. Assim, podemos afirmar que o progresso nestas quatro décadas e meia do curso de Odontologia foi patente, especialmente quando notamos a evolução dos recursos odontológicos e qualificação dos professores.
Hoje, a Faculdade de Odontologia está edificada no campus da Universidade Federal de Alagoas com trabalhos de extensão. Existem, contudo, diversos pontos de estrangulamento onde o quadro administrativo é um destes problemas, o que leva a necessidade de sua re-estruturação já que, na sua maioria, são profissionais com desvio de função. Atualmente, a FOUFAL conta com um quadro de professores qualificados: Doutores, Mestres e Especialistas, porém sempre preocupada com a constante renovação e qualificação dos docentes, medidas estão sendo tomadas no momento para aumentar o número de mestres e doutores, dentre as quais:
1. Permissão de afastamento dos docentes para realização de cursos ao nível de mestrado e/ou doutorado;
2. Contratação de professores para o quadro permanente com o nível de mestre e/o doutor. Outras deficiências que necessitam ser sanadas a curto e médio prazo independem da Faculdade de Odontologia e as abaixo listadas se nos apresentam como de alta prioridade:
Estrutura dos laboratórios do ciclo básico – Os laboratórios do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) se encontram em estado lamentável, com honrosas exceções e necessitam de urgente reformulação;
Laboratórios Pré-Clínicos – Providências já foram tomadas junto a Direção da UFAL para reformulação dos mesmos e a sua transformação em um laboratório pré-clínico multidisciplinar e o projeto de avaliação do custo financeiro já se encontram na Prefeitura Universitária.
Ambulatórios Clínicos – Os ambulatórios estão sub-dimensionados e necessitam de ampliação, bem como, a renovação dos equipos odontológicos e equipamentos auxiliares (aparelho de raios X, fotopolimerizador, autoclave, amalgamador, aparelho de ultrasom e jato de bicarbonato) pois, atualmente, os alunos trabalham em duplas quando o correto seria que trabalhassem individualmente.
Rede de Informática – Está em curso um projeto de ampliação para cobrir todas as áreas da Faculdade.
Biblioteca – Todo o acervo Bibliográfico do curso de Odontologia foi passado à Biblioteca Central e se encontra desatualizado, necessitando de uma ampla recuperação pelas gestões junto a Direção Superior da UFAL.